“A cordialidade pode se tornar estranhamente ameaçadora para a pessoa que se esconde por detrás da mesma e constante face educada. Ela é um compromisso com o trabalho amoroso frente a realidade sensível do encontro, por isso não repercute automaticamente a imagem ou o reconhecimento daquilo que significa ser aceito, nos coloca em seu exercício. A cordialidade é o meio por onde se insere o processo de contato e integração psíquica.
Quando a educação se transforma num refúgio para o esquecimento e a não disponibilidade para o risco de se relacionar, ela aliena a personalidade de sua realidade interna e por consequência de sua renovação.
Enquanto a cordialidade se empenha em acolher a alma em toda a sua vastidão, a educação pode tão somente reeditar as permissões que nos apresentam sem nos representar.
O educado pode ser perfeitamente aceito sem sequer se aceitar, ser amado sem sequer se amar. (…)”