“Quando nos tornamos íntimos desta fonte interna de vida que se dedica a nós e nos alimenta a cada instante com tanto amor e morte, o choro se torna a expressão da gratidão, o riso seu reconhecimento.
O louco do espírito, ao contrário do louco do ego, não se perde, ele se encontra, num espaço onde a experiência da proximidade com as forças internas, nossas emoções, e até mesmo nossas memórias, faz ser insuportável se manter apartado.
O grande ego sofre, e assim se despe, aprende sobre a obediência à própria alma, um princípio de saúde. Tudo quer participar de cada escolha nossa. O trabalho do ego é realizar a própria alma.
O verdadeiro poder é o contato com a própria interioridade, e sua prática é a oferta deste tesouro de si, primeiramente a quem se encontra mais próximo e, seguindo um caminho natural, ao mais distante e diferente. E quando a alma é grande e o ego pequeno, reverência ao invés de dominação, reconhecemos o templo em casa. Lá estão meu pai e o seu, minha mãe e a sua e Francisco.
Só poderemos viver todos juntos em paz quando morarmos equilibradamente em nós mesmos.
Religiosidade? Ou terapia… Conhecimento de si e libertação do outro!”